terça-feira, 22 de maio de 2018

SAIBA QUE TIPO DE TRABALHADOR VOCÊ É ANTES DE CONCORRER A UMA VAGA

 As seis categorias profissionais, de acordo com o Holland Code

Estudo aponta que perfil de interesses pode ser determinante na hora de conquistar um novo emprego
De uma maneira ou de outra, muitos profissionais se sentem presos a um trabalho que não corresponde necessariamente ao seu campo de interesse. Certamente, isso pode ser ruim para o funcionário em questão. No entanto, um novo estudo mostra que tal situação é prejudicial também para a empresa. De acordo com matéria publicada no site Time Moneyland, os funcionários que estão interessados em seus trabalhos de forma consistente têm desempenho melhor que o de seus pares mais descompromissados. Tendem a ajudar mais os colegas de trabalho, são menos propensos a deixar seus empregos e até costumam apresentar menos desvios de comportamento no local de trabalho.
Isso pode parecer óbvio, mas o fato é que, na hora da contratação, a maioria dos recrutadores não leva isso em conta: se alguém que consegue um emprego está fundamentalmente atento à possibilidade de que seu desempenho pode, de fato, prejudicar a produtividade da empresa. De acordo com Chris Nye, professor de psicologia da Bowling Green State University, que ajudou a conduzir o estudo, uma abordagem mais cuidadosa durante o processo de seleção e contratação pode produzir de fato funcionários mais satisfeitos e trabalhadores melhores:
“As pessoas nem sempre estão em postos de trabalho em que realmente estejam interessadas. Talvez esteja apenas implícito que uma pessoa capacitada para um cargo esteja realmente interessada nele. Mas não parece ser este o caso”.
Do ponto de vista dos psicólogos, “interesse” é algo diferente do que saber se vender em uma entrevista de emprego e dizer a seu possível futuro chefe como está apaixonado pela empresa e como gostaria de fazer parte dela. Cada um de nós tem um conjunto de valores e traços de personalidade que nos tornam predispostos a nos destacar em algumas ocupações e se “martirizar em outras”. Sem dados específicos para avaliar os interesses dos trabalhadores e como esses interesses correspondem às necessidades de um determinado tipo de trabalho, o processo de contratação muitas vezes acaba sendo extremamente subjetivo.
Nye ressalta que existem fórmulas para medir os interesses de uma pessoa. Uma metodologia é a Holland Codes ou Holland Occupational Themes (Riasec), desenvolvida pelo psicólogo John L. Holland, segundo a qual carreira e vocação profissional se baseiam nos tipos de personalidade. Com base nesta teoria, as contratações são classificadas de acordo com seis categorias profissionais: os realistas ou executores (doers); os investigadores ou pensadores (thinkers); os artísticos ou criadores (creators); os sociais ou colaborativos (helpers); os empreendedores ou persuasivos (persuaders); e os convencionais ou organizadores (organizers).
A ideia-chave do novo estudo é de que ninguém é só um “doer”, um “thinker” ou um “creator”, e nenhum emprego hoje em dia requer apenas uma dessas habilidades. Três das seis categorias mais bem classificadas irão formar o “perfil de interesse”. Encontrar um trabalho que busque tais habilidades ao mesmo tempo seria o mesmo que encontrar um cenário onde um trabalhador pode realmente prosperar, diz o professor.
Durante gerações, as pessoas lançaram mão de pesquisas ou testes vocacionais para orientar suas carreiras. O estudo de Nye, no entanto, afirma que estes não só devem ser utilizados pelos candidatos para decidir onde se encaixam, mas também pelos empregadores para ajudar a decidir quem contratar. Mas admite que avaliar a compatibilidade do candidato com a vaga oferecida através de testes seria um contrapeso para as partes mais subjetivas do processo de seleção, como uma entrevista de emprego típica.
“Eles estão fazendo coisas baseadas em avaliações subjetivas, ao invés de encaixar as pessoas nos empregos para os quais foram contratadas. Os perfis de interesse seria uma forma de tornar o processo mais objetivo”, afirma.
Mas será que estamos diante de um futuro em que os candidatos serão selecionados por seu perfil de interesse? Para Nye, este cenário é pouco provável. No entanto, diz já ter notado alguns desvios nas medições de interesse:
“Às vezes, as organizações ou pesquisadores utilizam medidores de interesses, mas só são capazes de olhar para quão alta é a pontuação do indivíduo. O processo tem mais a ver com a forma como o seu perfil se encaixa com o da vaga”.
Segundo Nye, para que os empregadores obtenham o máximo proveito dos perfis de interesse, precisam se planejar antecipadamente.
“As organizações querem descobrir que tipos de interesses coincidem com um trabalho específico e depois encontrar candidatos que se encaixam nesses perfis. Este estudo mostra que é possível agregar uma série de valores na hora da contratação”.

Conheça os tipos de profissionais, com base no Holland Codes e veja se você é um ‘executor’, um ‘pensador’ ou um ‘criador’
As seis categorias profissionais, de acordo com o Holland Code Foto: Reprodução da internetSaiba que tipo de trabalhador você é ...antes de concorrer a uma vaga

A metodologia conhecida como Holland Codes ou Holland Occupational Themes (RIASEC), desenvolvida pelo psicólogo John L.Holland, se refere à teoria de que a carreira e a vocação profissional se baseiam nos tipos de personalidade. Confira abaixo as seis categorias profissionais baseadas no código:

- Realistas ou executores (doers) - são aqueles que se dedicam a trabalhos manuais, táteis, físicos e mecânicos. Exemplos: cozinheiros, oficiais de polícia e preparadores físicos.

- Investigadores ou pensadores (thinkers) - se destacam nas áreas acadêmica, científica ou médica, tais como médicos, advogados e professores.

- Artísticos ou criadores (creators) - gostam de trabalhar com ideias, abstrações e conceitos. Eles incluem músicos, especialistas em relações públicas e editores de publicações.

- Sociais ou colaborativos (helpers) - desfrutam de tarefas que envolvem trabalho em equipe e que visam a melhorar a sociedade. Tais como enfermeiros, assistentes sociais e comissários de bordo.

- Empreendedores ou persuasivos (persuaders) - são líderes naturais e fortes oradores. Eles incluem empresários, políticos e detetives.

- Convencionais ou organizadores (organizers) - são confiáveis ​​e detalhistas. Eles incluem secretários, contabilistas e atendentes.

Fonte O Globo Online