sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NATUREZA SALARIAL - PENHORA SOBRE REMUNERAÇÃO DE EMPREGADOR É ILEGAL


A Subseção II Especializada em Dissídios Individuais (SDI-2) do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso ordinário de um empregador que teve parte de seu salário bloqueado para fins de quitação de débito trabalhista. A SDI-2 cassou a decisão, pois a considerou contrária à regra da impenhorabilidade absoluta dos valores pagos a título de remuneração.
Na fase de execução de processo trabalhista movido por uma ex-empregada, a 12ª Vara do Trabalho de Recife (PE) determinou a retenção de 30% dos valores presentes na conta salário do empregador para a quitação do crédito devido.
Contra essa decisão, o empregador interpôs mandado de segurança no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE) e afirmou que a parcela objeto da penhora tem natureza alimentícia e, portanto, é impenhorável. O tribunal não lhe deu razão e denegou a segurança, pois concluiu ser incabível a medida judicial elegida, já que contra decisão do 1º grau cabia recurso específico de agravo de petição.
Inconformado, o empregador recorreu ao TST e o relator, ministro Pedro Paulo Manus, lhe deu razão. Segundo o relator, a atual jurisprudência do TST autoriza o Mandado de Segurança quando o recurso específico só for possível após o ato considerado ilegal se concretizar e depois do decurso do tempo necessário até a solução final da demanda. Caso contrário, poderia haver "dano irreparável ou de difícil reparação para a parte".
Com relação à penhora, o ministro explicou que o artigo 649, IV, do Código de Processo Civil estabelece a impenhorabilidade absoluta de valores com natureza salarial. Nos termos da Orientação Jurisprudencial 153 da SBDI-2 do TST, a decisão que determina o bloqueio de valores existentes em conta salário para a satisfação de crédito trabalhista, ainda que seja limitado a um certo percentual dos valores recebidos, fere direito líquido e certo do devedor.
O relator deu provimento ao recurso ordinário para conceder a segurança e cassar a decisão proferida, determinando o cancelamento da penhora que recaiu sobre os valores recebidos pelo empregador a título de salário, bem como a liberação da quantia já bloqueada. A decisão foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Fonte Consultor Jurídico

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

GOVERNO LANÇA CAMPANHA PARA EMPRESAS ALERTAREM SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Na primeira fase, União firmou parcerias com o Judiciário para combater a impunidade

O governo federal quer ampliar a conscientização sobre as punições a agressores de mulheres no país, mobilizando empresas e organizações da sociedade civil para alertarem os funcionários, clientes e fornecedores com ações específicas. Com esse objetivo, foi lançada em Brasília, a segunda fase da campanha Compromisso e Atitude: Lei Maria da Penha - A Lei É Mais Forte.
De acordo com a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, a ação integra os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, quando foi lembrado o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.
A ministra recordou que na primeira etapa da campanha, lançada em agosto, o governo firmou parcerias com o Judiciário para combater a impunidade nos casos de violência contra a mulher, dando mais celeridade aos processos e julgamentos de assassinos e estupradores.
“Estamos lançando a segunda fase da campanha, para [contribuir com] a mudança de cultura e comportamento em nosso país e no mundo. Só assim é possível eliminar todas as formas de violência contra a mulher”, disse, ao formalizar hoje (28) a parceria da secretaria com o Instituto Avon, primeira empresa a aderir oficialmente à campanha, durante o 2º Encontro de Parceria Global pelo Fim da Violência Contra a Mulher.
Durante o evento, a secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da secretaria, Aparecida Gonçalves, enfatizou que a intenção da mobilização é conscientizar todos os brasileiros sobre a responsabilidade no combate a esse tipo de violência.
“Compreender que há punição para os agressores ajuda a prevenir, porque quem faria achando que não teria consequência, deixa de fazer. Precisamos que a população entenda que a solução não depende só do Estado, mas de todos os brasileiros, que devem ter olhar atento para proteger [as mulheres] e denunciar [os agressores]”, disse, acrescentando que outras empresas já sinalizaram interesse em aderir à campanha, entre elas a Petrobras.
De acordo com a pasta, desde o lançamento do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, em agosto de 2007, houve aumento de 161% no número de serviços especializados, como delegacias de atendimento à mulher, centros de referência, casas-abrigo, além de juizados e varas de violência contra a mulher. Organizações de defesa dos direitos da mulher avaliam que a estrutura ainda é insuficiente no país.

Fonte Agência Brasil

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CARGA RÁPIDA - ADVOGADOS PODEM CONSULTAR PROCESSO SEM AUTORIZAÇÃO


O Conselho Nacional de Justiça confirmou, em um novo julgamento, que advogados, sem procuração nos autos, não precisam de autorização judicial para a retirada de processos de cartórios judiciais. É a terceira vez que o órgão analisa a chamada carga rápida. O Pleno manteve, liminar a favor de advogados que atuam no interior do Ceará. As informações são do Valor Econômico.
Os conselheiros suspenderam a validade da Portaria 5, de 2007, editada pela juíza da Vara Única de São Luís do Curu. A norma exige prévio requerimento para a retirada de autos para cópias por advogados sem procuração. O caso chegou ao CNJ por meio de reclamação da seccional cearense da Ordem dos Advogados do Brasil.
Em agosto, o CNJ suspendeu uma norma da Corregedoria-Geral da Justiça do Estado de São Paulo com esse mesmo teor. Na liminar, o conselheiro José Lucio Munhoz afirmou que não é possível impor um procedimento especial para o exercício de um direito previsto em lei. O Estatuto da Ordem — 8.906/94 —, segundo ele, garante o exame de processos finalizados ou em andamento, mesmo que não haja procuração. O caso ainda deverá ser julgado em definitivo pelo plenário do conselho.
A carga rápida havia sido liberada em agosto de 2011, por meio do Provimento 20. Posteriormente, porém, a norma foi suspensa por um suposto aumento no número de processos extraviados. O problema, então, foi levado ao CNJ, que revogou o Enunciado Administrativo 11, que restringia o acesso "apenas às partes e seus advogados constituídos e ao Ministério Público".
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, que acompanhava a sessão do CNJ, afirma que a decisão assegura o cumprimento das prerrogativas dos advogados, uma vez que o próprio Estatuto da Advocacia determina que o profissional pode extrair cópias, independentemente de procuração.

Fonte Consultor Jurídico

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PÓS-GRADUAÇÃO MAIS PROCURADAS REFLETEM CRESCIMENTO ECONÔMICO

Só em sete universidades do Rio, há 47 mil alunos cursando pós-graduação. Cursos lato sensu vêm tendo aumento significativo, o que reflete demandas do mercado de trabalho

Ano a ano vem crescendo o número de matriculados em cursos de pós-graduação no Rio de Janeiro. Segundo dados da Capes, em 1998, havia 12.588 discentes de mestrado e doutorado no estado. Em 2011, o número saltou para 25.199, incluindo também os mestrados profissionais, antes não contabilizados. Isso sem mencionar especializações e pós lato sensu, como MBAs, que, segundo a assessoria do MEC, não têm o número de matrículas registrado, mas vêm tendo aumento significativo de acordo com sete das principais instituições de ensino do Rio ouvidas pelo Boa Chance. Juntas, UFRJ, UERJ, UFF, PUC-Rio, FGV, Ibmec e ESPM somam 47.538 alunos cursando pós-graduações lato ou stricto sensu em 2012.
Se a maior procura por qualificação reflete o desenvolvimento econômico que o Brasil alcançou nos últimos anos, também motiva a busca por alguns dos cursos mais concorridos — aqueles que, justamente, fornecem conteúdo para atuação nas áreas mais em alta. Engenharias, tecnologia da informação, petróleo e gás, administração e gestão concentram o maior número de alunos nessas instituições.
— Está começando a haver uma transição. Se, há dez anos, no mercado de trabalho o diferencial era ter o diploma de nível superior, hoje, a pós-graduação se torna cada vez mais importante. Isso porque, na última década, o número de jovens que chega ao mercado com terceiro grau aumentou de forma impressionante — avalia Carlos Henrique Leite Corseuil, diretor-adjunto da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Engenharia e gestão em alta
Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as áreas de tecnologia e saúde são responsáveis pela maioria das matrículas dos 11 mil alunos. Boa parte deles está na Coppe (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia): são 1.643 mestrandos e 1.086 doutorandos, totalizando 2.729. Recentemente, a universidade atingiu a meta de cem cursos stricto sensu — além de 300 lato sensu.
— A ciência é dinâmica. Novas áreas do saber vão surgindo, principalmente aquelas que envolvem interdisciplinaridade, e a universidade deve estar atenta a isso, cobrindo os novos setores do conhecimento. No Brasil, ainda precisamos de muito mais mestres e doutores para alavancar a pesquisa, a tecnologia e a inovação — diz a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da UFRJ, Debora Foguel. — E temos sentido um movimento, que é nacional e não apenas no Rio, que é o do investimento das famílias na educação dos filhos.
Na PUC-Rio, as engenharias (especialmente elétrica, civil, mecânica, metalúrgica e de produção) também encabeçam a lista das pós mais procuradas, juntamente com aquelas na área de tecnologia da informação e design. No total, a universidade registra sete mil alunos de pós-graduação, sendo 2.300 matriculados em cursos stricto sensu.
— A demanda crescente pelas pós-graduações em engenharia e informática, sem dúvida, estão diretamente ligadas ao crescimento econômico do país — destaca Paulo Cesar Duque Estrada, coordenador central de Pós-graduação e pesquisa da PUC-Rio.
A Escola de Negócios (IAG) da PUC é outro departamento que recebe muitos inscritos em seus programas de mestrado e MBA, o que também está em sintonia com o mercado fluminense, que vê crescer tanto as empresas já existentes como as novas companhias.
— É possível encontrar também alunos empreendedores, donos de seus próprios negócios, além dos que atuam em empresas — diz Duque Estrada.
Esse perfil empresarial do estado se reflete, também, no Ibmec, cujo curso mais disputado é o MBA em “Gestão de negócios”. A instituição tem 3.100 alunos lato sensu no Rio, além de 230 na modalidade on-line, 1.300 in company, e 160 no mestrado stricto sensu.
— Notamos dois movimentos fortes: o de profissionais de outras áreas, como medicina ou direito, que estão percebendo a importância de ter conhecimentos na área de gestão no contexto atual. E o avanço do empreendedorismo, com muitas pessoas se lançando na criação de seus próprios negócios — afirma Renata Nogueira, coordenadora-geral da pós-graduação do Ibmec. — E nós temos recebido um público novo, que está interessado, inclusive, em investir em educação.

Lato sensu cresce em função do mercado
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o novo momento econômico do país, representado também pelo crescimento no número de alunos de nível superior, vem aumentando a procura por cursos lato sensu, enquanto os de stricto sensu permanecem com a mesma média de inscrições — a instituição conta 5.862 alunos de pós lato sensu e 3.735 de stricto sensu.
— Como há mais oportunidades de emprego no estado, a especialização acaba sendo mais demandada por ser mais voltada ao mercado profissional — acredita Elizabeth Macedo, diretora do Departamento de Fomento ao Ensino para Graduados da Uerj.
Os cursos lato sensu são também os mais procurados na Fundação Getúlio Vargas: são seis mil inscritos, enquanto a pós stricto sensu conta com 430 matriculados. O pró-reitor da FGV, Antonio Freitas, explica esse cenário:
— Isso acontece por diversas razões: a primeira delas é em função da mudança de carreira: pessoas que escolheram o que fariam aos 17 anos acabam buscando uma nova especialização, para adequar o conhecimento ao trabalho que exercem — afirma Freitas. — Além disso, a qualidade dos cursos, de maneira geral, também aumentou muito nos últimos anos no Brasil.
“Gestão empresarial” e “Gerenciamento de projetos” (lato sensu), são as especializações que mais recebem alunos na FGV — o último, inclusive, passou de curso “marginal a principal”, segundo Freitas.
— Isso é um reflexo do momento do Brasil, em que 105 milhões de pessoas ascenderam à classe média, o que cria o aumento da demanda por todos os tipos de produtos. Isso, consequentemente, gera mercado para quem trabalha com gerenciamento de projetos — diz o pró-reitor da FGV.
Na Universidade Federal Fluminense (UFF), o lato sensu também recebe mais alunos: são 4.700, sendo 2 mil em cursos à distância. Mas o stricto sensu não fica tão atrás: são 2.300 mestrandos e 1.250 doutorandos, um total de 3.550.
Os MBAs em gestão e administração e os mestrados de história e em sistemas de computação atraem o maior público da universidade, que registrou aumento de 40% na procura pela pós-graduação em geral nos últimos cinco anos, enquanto os cursos lato sensu à distância cresceram 500%, de acordo com Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFF:
— A busca por formação acadêmica também guarda paralelo com o desenvolvimento de uma sociedade. As áreas de sistemas de gestão e computação são elementos da sociedade moderna coerentes com a busca por esses cursos.
A ESPM-RJ possui 701 alunos matriculados nos cursos de pós lato sensu que oferece — sendo “Comunicação organizacional integrada”, “Gestão do entretenimento” e “Gestão empresarial e marketing” os principais da instituição.
— O sucesso do curso de “Gestão do entretenimento” espelha a necessidade do mercado e explicita a carência de formações nessa área da indústria criativa. Especialmente no Rio, que tem uma vocação natural para a economia criativa — avalia Flávia Flamínio, diretora-geral da ESPM-RJ.
Segundo Flávia, hoje, os alunos do lato sensu são mais jovens que os de dez anos atrás:
— E houve outra mudança no perfil desses estudantes. Antes mesmo de entrar na graduação, eles já estão pensando na pós que irão fazer.
Para Carlos Henrique Leite Corseuil, diretor-adjunto da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, esse é um movimento que, de fato, vem ocorrendo em todo o país.
— A pós lato sensu, especialmente no caso dos MBAs, tem ligação direta com o mercado, por conta do currículo mais voltado para a prática do que para a teoria. Assim, os candidatos saem mais preparados para determinadas funções em alguns setores nos quais a formação da graduação é mais genérica — diz Corseuil.

Mais mestrado profissional
Os representantes das instituições ouvidas pelo Boa Chance também indicaram um movimento de expansão dos mestrados profissionais. A Uerj, por exemplo, está iniciando a conversão de algumas pós-graduações que oferece nesse tipo de curso.
— O mestrado profissional tende a crescer porque as empresas começam a sentir a necessidade de qualificar melhor seus funcionários. A ideia é que esse tipo de mestrado atenda mais à demanda das empresas — acredita Paulo Cesar Duque Estrada, coordenador central de Pós-graduação e Pesquisa da PUC-Rio.

os cursos mais procurados em sete instituições do Rio

UFRJ
Cerca de 11 mil alunos estão matriculados na pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, grande parte deles na Coppe. Recentemente, a universidade atingiu a marca de cem cursos de mestrado e doutorado oferecidos. As áreas de saúde e tecnologia são as mais procuradas.

UERJ
Na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, são 5.862 alunos de pós lato sensu. E 3.735 de stricto sensu, com 2.070 no mestrado acadêmico, 120 no mestrado profissional e 1.545 no doutorado. A maior procura é pelas áreas de direito, educação e ciências sociais.

UFF
São 4.700 alunos matriculados em cursos lato sensu, sendo 2.000 à distância. No stricto sensu, são 3.550. A procura maior é pelos MBAs em gestão e pelo mestrado de história e de sistemas de computação.

PUC
Na PUC-Rio, os cursos de pós são frequentados por cerca de 7 mil alunos, sendo 2.300 stricto sensu e os demais lato sensu. A procura maior é pelos programas nas áreas de engenharia, tecnologia da informação, design e direito.

IBMEC
O Ibmec tem 3.100 alunos na pós-graduação lato sensu. Na modalidade on-line, são 230 alunos de pós e, nos cursos in company, 1.300. O de “Gestão de negócios” é o mais procurado. No stricto sensu, há 160 alunos matriculados.

ESPM
São 701 alunos nos cursos de pós lato sensu da ESPM-RJ. “Comunicação organizacional integrada”, “Gestão empresarial e marketing” e “Gestão do entretenimento” concentram o maior número.

FGV
A FGV tem 430 alunos de pós stricto sensu. No lato sensu, são cerca de seis mil, além de 20 mil na modalidade à distância em todo o país. Os mais procurados são: “Gestão empresarial” e “Gerenciamento de projetos”.

Por Maíra Amorim
Fonte O Globo Online

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

SALDO DO FGTS PARA TRABALHADOR PAGAR A DÍVIDA DE IMÓVEL RESIDENCIAL


A 1ª Turma do TST rejeitou agravo de instrumento da Caixa Econômica Federal contra decisão que determinou a liberação dos depósitos de FGTS de um técnico de telecomunicações para a quitação de financiamento habitacional fora do Sistema Financeiro da Habitação. A Turma considerou que a autorização, dada pelo TRT da 13ª Região (PB), está de acordo com jurisprudência do STJ sobre o tema.
O entendimento do STJ, com base no artigo 35 do Decreto nº 99684/1990, que consolida as normas regulamentares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, é o de que é permitido utilizar o saldo do fundo para pagamento de moradia própria, ainda que a operação seja realizada fora do SFH, desde que preenchidos os requisitos para ser por ele financiada.
A decisão se deu em processo envolvendo um técnico de telecomunicações da Cegelec Engenharia S/A que, depois de um ano de trabalho, pediu demissão e não levantou o saldo do FGTS, à época de R$ 4,6 mil. Em seguida, trabalhou três anos para a Nec do Brasil S/A e também saiu voluntariamente, em dezembro de 2000, sem ter recebido os R$ 12 mil correspondentes aos depósitos do FGTS no período.
Assim, segundo o técnico, existiam duas contas inativas do FGTS, mas ele não pôde retirar os valores administrativamente, mesmo se encontrando impossibilitado de quitar o financiamento de sua casa própria - seu único bem -, que estava sendo objeto de execução promovida pela construtora K Brasil Ltda., porque estava inadimplente de um saldo de R$ 39 mil.
A inadimplência se deu, conforme afirmou, porque trabalhava sozinho para sustentar a família e arcava sozinho com as despesas. Por isso, precisava levantar os valores das contas inativas.
Por meio da Justiça do Trabalho, buscou então a expedição de alvará judicial a ser cumprido pela CEF. A decisão foi favorável, e o juízo de primeiro grau determinou à CEF a liberação dos valores depositados referentes ao FGTS. Ao examinar recurso, o TRT paraibano confirmou a autorização.
O acórdão regional afirma “causar espanto” que o trabalhador possa utilizar seu saldo do FGTS na aplicação em fundos mútuos de privatização, amortizar, extraordinariamente, empréstimos imobiliários perante instituições financeiras, mas não possa desfrutar de sua propriedade para prover o pagamento de financiamento para adquirir a casa própria.
“A dignidade da pessoa humana repudia qualquer limitação de exercício de direito fundamental garantido no artigo 5º da Constituição da República”, afirmou o Regional – no caso, “a inviolabilidade da propriedade quando exercida em consonância com a sua função social”.
O TRT-PB mencionou ainda que a interpretação do artigo 20 da Lei nº 8.036/90 (Lei do FGTS), que define as situações em que o trabalhador pode movimentar a conta vinculada, seja norteada pela função social.
Para destrancar o recurso de revista ao TST, a CEF interpôs agravo de instrumento, no qual renovou o argumento de que o FGTS constitui patrimônio de todos os trabalhadores optantes pelo seu regime. Os depósitos, portanto, teriam dupla finalidade: representar provisão para cada optante e ser fonte de aplicações de caráter social.
O relator do agravo, ministro Walmir Oliveira da Costa, ressaltou em seu voto que a própria legislação regulamentadora do FGTS admite sua utilização para aquisição da casa própria fora do SFH, conforme disposto no artigo 35, inciso VII, do Decreto nº 99684/1990.
(AIRR nº 28840-54.2008.5.13.0001).

Fonte Espaço Vital

A POSSIBILIDADE DE PENHORA DE 30% DO SALÁRIO DO DEVEDOR


Superados os debates e efetivadas as medidas que possibilitaram o acesso ao Judiciário a uma parcela mais abrangente da população, monopoliza as reflexões dos juristas a preocupação com a efetividade da prestação jurisdicional, já que de nada adianta garantir-se o ajuizamento de ações se estas não atingirem seus objetivos fáticos.
O que se verifica, no entanto, é uma quantidade infindável de sentenças e acórdãos que garantem ou reconhecem direitos que na prática acabam por não ser alcançados àqueles que os detêm, sobretudo em razão dos obstáculos impostos quando da execução dos julgados. Não se faz justiça de fato, então, mas apenas uma formalização daquilo que seria o justo, e a que propósito?
Com o fito de romper tais barreiras, o projeto do novo Código de Processo Civil (PL nº 8.046/2010), que será votado nos próximos dias pela Câmara de Deputados, inclui alteração drástica na tradicional regra de impenhorabilidade dos vencimentos. Nos termos do texto proposto, será autorizada a penhora de até 30% do salário que, após descontos legais, ultrapassar o equivalente a seis salários mínimos.
A previsão, caso seja aprovada, colocará fim à facilitação que hoje se confere aos devedores por ausência de bens em seus nomes. Manterá, por outro lado, a necessária proteção ao caráter alimentar do salário, garantindo ao executado um mínimo de seis salários mínimos para a sua subsistência, de modo que a alteração não afetará aqueles que possuem rendimentos menores.
É o que se espera: atentar à idéia de que o respeito à dignidade da pessoa humana deve abranger aqueles que reconhecidamente possuem direito a receber valores. Não será desrespeitado tal direito fundamental se o devedor – que não possuir bens em seu nome, mas receber proventos superiores a seis salários mínimos – reduzir parcialmente sua disponibilidade econômica para arcar com o que deve.
Proposta similar já foi anteriormente formulada, quando das modificações operadas ao CPC em 2006, e só não restou positivada em razão do veto do então presidente Lula. Na época, ele argumentou que "o tema demandaria maior reflexão por parte da comunidade jurídica e da sociedade em geral", ainda que aprovado por ambas as casas do Congresso Nacional.
Não se olvida da seriedade da reforma e das profundas consequências que dela advirão, caso de fato seja incluída no nosso ordenamento jurídico. Entretanto, deixar de aprová-la consistirá em manter este caro patrocínio à ineficácia das decisões que transbordam da máquina judiciária sem qualquer efeito prático.

Por Caroline Ledesma Al-Alam
Fonte Espaço Vital

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

COMO FAZER A TIMELINE DO FACEBOOK TRABALHAR PELA SUA CARREIRA

Ferramenta do Facebook ainda não roubou posto de currículo online do LinkedIn, mas recrutadores estão de olho

A Timeline mostra fotos, comentários, novas amizades e outros conteúdos sobre a pessoa em ordem cronológica

O Facebook até pode ser a rede social mais badalada da internet brasileira, mas quando o assunto é carreira, o LinkedIn ainda é dominante, segundo os próprios headhunters. Isso não significa, contudo, que você deva relegar o site de Mark Zuckerberg ao ostracismo profissional.
Ao contrário. “O Facebook é também uma forma de mostrar quem você é, de mostrar sua influência em determinado segmento profissional”, diz André Telles, CEO da agência Mentes Digitais. E com isso, ganhar olhares encantados de empresas que encontrem seu perfil em alguma busca pelo Google, por exemplo.
Mas, calma, isso não significa que você precisará abdicar do caráter pessoal e informal Facebook. Alguns recursos da rede social de Zuckerberg permitem que lado profissional e pessoal andem juntos na mesma timeline – sem que um grite mais do que o outro.

Cada um na sua lista
O Google +, talvez, seja, hoje, a rede social que melhor saiba dividir os contatos de cada usuário de acordo com os interesses por meio da ferramenta Círculos. No Facebook também é possível fazer isso.
Do lado esquerdo da página inicial do Facebook, clique no botão “Mais” ao lado do item “Listas”. Depois, clique em criar listas e divida seus contatos de acordo com o teor da suas publicações, como por exemplo “Contatos profissionais”, “Família”, “Amigos” e assim por diante.
Dica básica na hora de postar qualquer informação na rede social (seja uma foto, um vídeo ou um pensamento interessante): defina, a cada publicação, quais listas poderão ter acesso ao seu post.

Influência social
Utilize o mesmo conceito para se tornar relevante na rede social. Faça postagens regulares sobre temas pertinentes para a sua área de atuação e, ao lado do botão publicar, defina sua publicação como “pública”.             
Com isso, mesmo pessoas que não estejam em sua lista de contatos, mas que assinam ao seu feed de notícias no Facebook ou que encontram seu perfil em uma busca, poderão acessar essas informações. “É um meio de ganhar influência social dentro daquele determinado grupo”, explica o especialista.
Mas não é necessário deixar públicas apenas as postagens relacionadas com assuntos da sua área de atuação. Fazer comentários pertinentes e interessantes sobre diversas áreas do conhecimento também conta pontos aos olhos de um recrutador.

Todos os olhos para a foto e capa
Dica básica: nada de fotos com roupas diminutas ou que coloquem sua reputação profissional em risco. Encare a foto do perfil como uma espécie de cartão de visitas tanto profissional quanto pessoal.
“A foto tem que ter um close do seu rosto e você tem que estar, minimamente, bem trajado”, diz Telles. Deixe as poses mais pessoais (e reveladoras) para o álbum de fotos – com os devidos cuidados de privacidade.
Agora, na foto de capa, imprima toda a sua criatividade. Escolha uma imagem que fale muito sobre quem você é – em todos os aspectos. “Tem que ser uma imagem diferenciada que chame a atenção”, diz.

Revisão
Agora, atenção. “A timeline do Facebook aumentou o nível de exposição de suas informações”, afirma o especialista. Agora, todas as suas postagens ao longo do tempo estarão à um clique de qualquer pessoa que acessar seu perfil.
Por isso, revise suas publicações anteriores – principalmente aquelas que foram postadas como públicas. Não será nada divertido se o recrutador de uma empresa que estava de olho no seu passe encontrar uma publicação sua falando mal da companhia em questão, por exemplo.

Por Talita Abrantes
Fonte Exame.com

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DICAS DO BANCO CENTRAL SOBRE CÉDULAS SUSPEITAS


Quando você receber uma cédula, veja sempre os principais elementos de segurança:
- Nas notas da Primeira Família verifique a marca-dágua, a imagem latente e o registro coincidente. Verifique também o relevo.
- Nas cédulas da Segunda Família do Real, verifique a marca-dágua, o número escondido, a faixa holográfica (esta nas notas de 50 e 100 reais) e o número que muda de cor (nas notas de 10 e 20 reais). Sinta também o alto-relevo.

Importante
O Banco Central do Brasil examina se uma nota suspeita é verdadeira ou não. As notas falsas não são trocadas pelo Banco Central ou pelo Governo. O dinheiro suspeito pode ser apresentado a uma agência bancária, que se encarregará de encaminhá-lo para análise pelo Banco Central.

Crime
A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção.

Como proceder no caso de receber uma cédula suspeita:

a) de um terminal de auto-atendimento ou caixa eletrônico:
• dentro de uma agência bancária e durante o expediente - neste caso é indispensável retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e encaminhar-se ao gerente da agência para pedir providências. Se não obtiver solução satisfatória com o gerente do banco, o cidadão deve procurar uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência.
• fora de uma agência ou do horário do expediente bancário - o cidadão deve retirar um extrato que comprove o saque, preferencialmente no mesmo terminal, e procurar em seguida uma delegacia policial mais próxima para registrar uma possível ocorrência. Na primeira oportunidade, dirigir-se ao gerente de sua agência bancária para pedir providências.

b) numa transação do dia a dia:
• Se você desconfiar da autenticidade de uma nota após observar os elementos de segurança ou comparar com outra cédula legítima, você pode recusá-la. É importante sempre recomendar ao dono do exemplar suspeito que procure uma agência bancária para encaminhamento da nota para ser analisada pelo Banco Central.
Atendimento: Fone 0800 979 2345 / Deficiente auditivo/fala: 0800 642 2345

Fonte Espaço Vital

terça-feira, 6 de novembro de 2012

AJUDA PARA ENTRAR O ANO NOVO COM O NOME LIMPO

Inadimplentes podem renegociar dívidas com bancos e lojas em feirões até sábado

Quem está com o nome sujo na praça tem a oportunidade de entrar o ano novo no azul. De hoje a sábado três eventos paralelos na cidade vão ajudar os consumidores a renegociarem suas dívidas.
No Largo da Carioca, a Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL-Rio) montou uma grande tenda, onde o público pode consultar o cadastro no SPC ou Serasa. Após a consulta, o consumidor recebe uma carta de encaminhamento para negociação com lojas, bancos e financeiras.

No Centro de Convenções SulAmérica, público poderá contar ainda com dicas de educação financeira
Já a partir de amanhã, no Centro de Convenções SulAmérica, dez instituições estarão prontas a receber o público e renegociar, na hora, as pendências financeiras. Na lista de participantes estão Casas Bahia, Caixa, Losango, HSBC, Santander, Santander Financiamentos Citibank, Bradesco Cartões, PanAmericano e Leader.
Quem acionou a Justiça, por meio da Defensoria Pública do Estado do Rio, também vai conseguir sanar o orçamento. Cerca de 250 pessoas assistidas pelo Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública participam da Semana de Conciliação, que reunirá endividados, bancos e empresas prestadoras de serviço.
Estão previstas rodadas de negociação entre Santander, Itaú, Citibank, Banco do Brasil e Bradesco e consumidores que acumulam dívidas em cheque especial e cartões de crédito.

'Faça um plano de negociação'
Superintendente de Serviços ao consumidor da Serasa Experian, Maria Zanforlin orienta que os inadimplentes montem um plano de negociação antes de irem ao evento.
“O consumidor que vai preparado tem melhores condições de sair da conciliação com uma boa negociação. É importante que ele tenha a real noção do valor da sua dívida, de quanto da renda pode comprometer para pagar a pendência, se vai precisar de um desconto para pagar tudo ou até um prazo maior. Os credores estão sempre dispostos a negociar”, avalia Zanforlin.
Para participar dos ‘Acertando Suas Contas’, no Largo da Carioca e no ‘Feirão Limpa Nome’ no Centro de Convenções SulAmérica, é preciso comparecer com o CPF e um documento de identidade com foto.
Por meio do portal da Serasa Experian — http://www.serasaconsumidor.com.br/feiraolimpanome/ — é possível ter dicas e orientações para uma negociação bem sucedida. 

Por Aline Salgado
Fonte O Dia Online